Ele apenas caminha quando não vai a lado nenhum. Nessas viagens misteriosas, seguimos lado a lado, serena e silenciosamente. É assim o Verão:
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"Summetime" de George Gershwin, interpretado pela Amália
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Omissão intencional de uma ideia subentendida. Pode ser traída pela zeugma.
domingo, 13 de julho de 2008
quarta-feira, 9 de julho de 2008
Infinito Vinicius
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POÉTICA (I)
De manhã escureço
De dia tardo
De tarde anoiteço
De noite ardo.
A oeste a morte
Contra quem vivo
Do sul cativo
O este é meu norte.
Outros que contem
Passo por passo:
Eu morro ontem
Nasço amanhã
Ando onde há espaço:
- Meu tempo é quando.
(_______________________)Nova York, 1950
Vinicius de Moraes
In, Livro de Sonetos, São Paulo, Companhia das Letras, 2003
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POÉTICA (I)
De manhã escureço
De dia tardo
De tarde anoiteço
De noite ardo.
A oeste a morte
Contra quem vivo
Do sul cativo
O este é meu norte.
Outros que contem
Passo por passo:
Eu morro ontem
Nasço amanhã
Ando onde há espaço:
- Meu tempo é quando.
(_______________________)Nova York, 1950
Vinicius de Moraes
In, Livro de Sonetos, São Paulo, Companhia das Letras, 2003
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domingo, 6 de julho de 2008
"palavras apetrechadas de asas":
Titi: ....Vou atar estes balões aos pés e irei a voar para casa.
Petiz: .Mas o vento não sabe onde moras...
Titi: ....E tu não sabes o que é ser "um pé de vento"??
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[as "palavras apetrechadas de asas" são roubadas a Homero e as palavras herméticas são para quem as conseguir apanhar]
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Petiz: .Mas o vento não sabe onde moras...
Titi: ....E tu não sabes o que é ser "um pé de vento"??
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[as "palavras apetrechadas de asas" são roubadas a Homero e as palavras herméticas são para quem as conseguir apanhar]
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quinta-feira, 3 de julho de 2008
Ela é a tua casa
Segues uma rua no prolongamento da praia
Desenhas uns degraus para te abeirares da tua adorada
e fechas uma janela para te veres projectado na sua imagem, para a possuíres dentro do teu rosto, através do cristal.
Pensas em percorrer com o polegar a sua linha ondulante entre a cova do ladrão e o osso sacro.
Mas a bela acordou,
não é mais desse mundo,
mudou de casa ou vive histórias de corsários.
E no pino do meio-dia nada resta de ti, nem a tua sombra toca a parede exangue.
Desenhas uns degraus para te abeirares da tua adorada
e fechas uma janela para te veres projectado na sua imagem, para a possuíres dentro do teu rosto, através do cristal.
Pensas em percorrer com o polegar a sua linha ondulante entre a cova do ladrão e o osso sacro.
Mas a bela acordou,
não é mais desse mundo,
mudou de casa ou vive histórias de corsários.
E no pino do meio-dia nada resta de ti, nem a tua sombra toca a parede exangue.
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- P.S.: Os conteúdos da Elipse são da minha autoria (excepto quando referido), e devidamente protegidos por tormentas e bolhas de amor.