Omissão intencional de uma ideia subentendida. Pode ser traída pela zeugma.


sexta-feira, 22 de agosto de 2008

sonho sonhado


()
()
(…) A casa era muito luminosa, com grandes portadas que davam para um jardim no qual brotava um rio. A composição do quadro exterior era semelhante à de um desenho infantil, com dimensões e perspectivas erradas, com sobreposições e colagens de papéis brilhantes, a relva do verde-relva, o rio de cor muito água. Eu estava a dormir e as minhas pernas esticadas encontravam-se perfeitamente alinhadas com o fluxo do rio. Tinha deixado de me preocupar em ter a cabeça voltada para norte, queria antes orientar-me com os elementos e estava envolvida numa aura de felicidade regeneradora. As cores primárias deram depois lugar às de tom pastel e, quando acordei, tive uma vontade inaugural em banhar-me naquelas águas. Impregnei a pele numa substância mais viscosa que líquida, que escorria pelas costas como grandes gotas, esculpidas como asas de água/ferro-Chafes, impossíveis de sacudir ou elevarem-se. Comentei com a minha mãe que achava estranho nunca antes ter tido desejo de ali mergulhar, nem mesmo interesse em conhecer o nome ou percurso do rio, de modo que, com um dispositivo de navegação, segui o seu eixo, à procura de uma localidade cujo nome reconhecesse. Tive medo de despertar antes de identificar o rio. (…)
()
()
()

Sem comentários:

Acerca-te de mim, viajante

A minha foto
P.S.: Os conteúdos da Elipse são da minha autoria (excepto quando referido), e devidamente protegidos por tormentas e bolhas de amor.