Omissão intencional de uma ideia subentendida. Pode ser traída pela zeugma.


terça-feira, 28 de abril de 2009

Meridianos

O corpo era uma gigante embarcação
que ao invés de oscilar bombordo/ estibordo,
numa imobilidade aparente
viajava no espaço gasoso,
através de um subtil e dócil movimento pendular, ora à proa ora à popa.

Uma corrente eléctrica percorreu-a de imediato, como um feixe de néon, num continuum, sem crescendo, de uma extremidade à outra. Não se tratava de intercâmbio com energias exógenas; a origem estava em si, bastava apenas sintonizá-la na sua máquina orgânica.

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Quando ele tirou a agulha (de marear?) o corpo ganhou uma rigidez estóica na sua vulnerabilidade.




Segundo a medicina tradicional chinesa, o corpo humano tem 65 meridianos (canais pelos quais passam a energia e o sangue), e os pontos mais difíceis de alcançar são os pontos “mar”.
O que quer que isso seja, contribui para fazermos poeticamente uma espécie de cartografia íntima.
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P.S.: Os conteúdos da Elipse são da minha autoria (excepto quando referido), e devidamente protegidos por tormentas e bolhas de amor.